Que seja doce!

sexta-feira, 30 de outubro de 2009


Pelo retrovisor enxergamos tudo ao contrário Letras, lados, lestes O relógio de pulso pula de uma mão para outra e na verdade... nada muda
A criança que me pediu dez centavos é um homem de idade no meu retrovisor A menina debruçando favores toda suja É mãe de filhos que não conhece
Vendeu-os por açúcar Prendas de quermesse A placa do carro da frente se inverte quando passo por ele E nesse tráfego acelero o que posso Acho que não ultrapasso e quando o faço nem noto O farol fecha...
Outras flores e carros surgem em meu retrovisor Retrovisor é passado É de vez em quando... do meu ladoNunca é na frente É o segundo mais tarde... próximo... seguinte É o que passou e muitas vezes ninguém viu Retrovisor nos mostra o que ficou; o que partiu
O que agora só ficou no pensamento Retrovisor é mesmice em dia de trânsito lento Retrovisor mostra meus olhos com lembranças mal resolvidasMostra as ruas que escolhi... calçadas e avenidas Deixa explícito que se vou pra frenteCoisas ficam para trás A gente só nunca sabe... que coisas são essas

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